China ainda luta contra preconceito

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Escrito por: Blog-saunapolo56

Uma mulher de pseudónimo Qiu Bai seria ainda uma estudante da Universidade de Sun Yat-Sen, em Guangzhou, na China, quando em 2014 se deparou com um livro que descrevia a homossexualidade como um distúrbio psicológico. A jovem procurava informações sobre a homossexualidade para um trabalho universitário, quando reparou que os livros que a classificavam como uma desordem.

A estudante de 22 anos, lésbica assumida, ficou bastante perplexa e revoltada por ver a homossexualidade descrita dessa forma, em ambiente universitário.

Por essa razão, decidiu mover uma acção contra o Ministério da Educação, mas foi incentivada a largar o caso por várias vezes. Embora a acção tenha sido por duas vezes rejeitada, a jovem processou pela terceira vez o ministério em 2016, acolhida pelo Primeiro Tribunal Popular Intermediário de Pequim.

Apesar dos esforços da jovem, o caso ainda aguarda resolução e teme-se que não tenha um final feliz. A China ainda tem um longo caminho a percorrer no que diz respeito à luta pelos direitos da comunidade LGBT.

Ainda há poucos meses um homem processou um hospital chinês por praticar “terapia de reorientação sexual” a um paciente com supostos “problemas de orientação sexual”, sem a sua autorização. O caso teve bastante impacto na comunidade homossexual já que relembrou que não existe protecção judicial contra tratamentos forçados. Ainda em 2014, uma clínica clínica em Chongqing foi também condenada após acusações de praticar tratamentos de “cura da homossexualidade”.

Lembre-se que a homossexualidade só foi legalizada na China em 1997, e apenas quatro anos mais tarde deixou oficialmente de ser considerada um distúrbio mental. São ainda muitas as pessoas residentes no país que sofrem pressão social e por parte das famílias pelas suas preferências sexuais. São muitos os chineses que ainda se escondem em casamentos com pessoas do sexo oposto devido à pressão social. As sondagens estima que a China tenha cerca de 40 milhões de homossexuais, sendo a maior parte não assumida. Ver um casal gay na China é uma coisa muito rara.

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