Catarina de “Ouro Verde” foi a primeira personagem transexual numa novela Portuguesa. A personagem acaba morta por um dos elementos do enredo que tem medo que Catarina o possa incriminar.
Mas a reação das pessoas não foi a mais positiva. Muitos acharam que a personagem foi morta pela sua sexualidade e género e não pelo argumento da história. Sentem-se “perseguidos discriminados” como se pode ler em alguns comentários nas redes sociais. Algumas pessoas ainda defendem que a novela incita à maldade contra os trans. Mas a mensagem a transmitir não seria esta.
Enquanto uns se sentem ofendidos pela escolha do destino de Catarina, outros elogiam. Por ser trans não significa que se mereça algum tratamento especial, algum benefício face aos outros. O argumento da novela estava assim escrito e implicava a morte de um personagem.
Não houve discriminação. Isso aconteceria se a poupassem devido ao seu género. Uma boa forma de lidar com uma minoria é tratá-la como os demais e não evidenciar as suas diferenças.
Mas será que a personagem tinha de ter um final feliz como exemplo para o país? As opiniões dividem-se. O facto de a personagem ter ganho a empatia do público é por si só já um grande avanço. Há uns anos atrás o sucesso da novela poderia estar condicionado pela escolha de uma personagem como a de Catarina. Portanto há que celebrar o facto de os Portugueses já terem uma mente mais aberta aceitando pessoas de todos os géneros.