O Que Realmente Acontece nas Zonas Privadas dos Clubes Swingers?

“A liberdade sexual é a extensão lógica da liberdade pessoal.” – Bertrand Russell

Os clubes swingers em Portugal estão muito mais visíveis agora. Isso mostra uma mudança na forma como vemos o sexo e a liberdade sexual. Esses lugares são seguros para adultos que querem explorar o sexo de forma consensual.

Essa mudança cultural reflete uma abertura para discutir e experimentar diferentes relações. Os clubes oferecem desde áreas comuns para se conhecer até zonas privadas para encontros íntimos entre o casal.

Os preços e as experiências variam, mas muitos costumam gostar do que encontram. Alguns clubes até têm 100% de recomendações dos clientes¹, embora muitas vezes, no que diz respeito a avaliações, as opiniões possam ser muito subjetivas e até manipuladas. O que é facto é que a experiência dentro de um clube swinger pode variar muito dependendo do dia e do público¹.

Os clubes swingers modernos são hoje mais do que puro sexo. São lugares para socializar, divertir-se e explorar-se a si mesmo. Eles têm diferentes ambientes ao estilo de discoteca/bar, com zonas privativas com camas e marquesas, e até labirintos, para atender a vários gostos¹.

A segurança e a discrição são essenciais. Muitos clubes têm protocolos de segurança e funcionários educados¹. Mas, como em qualquer lugar, há desafios, como equilibrar casais e solteiros, e problemas com cobranças inesperadas¹.

Principais Conclusões

• Os clubes swingers em Portugal reflectem uma maior aceitação do lifestyle liberal
• Estes estabelecimentos oferecem uma variedade de experiências além do intercâmbio sexual
• A segurança e a discrição são prioridades nos clubes swingers
• As experiências podem variar significativamente dependendo do dia e do público
• Existem desafios, como a gestão do equilíbrio entre casais e solteiros
• A satisfação do cliente é geralmente alta, com alguns clubes recebendo recomendações de 100%

Introdução ao Universo dos Clubes Liberais

O movimento swinger em Portugal tem uma história interessante. Mudanças sociais e culturais marcaram seu caminho. As festas de troca de casais e encontros libertinos evoluíram muito.

História do movimento swinger em Portugal

O swing em Portugal começou a ganhar força no final dos anos 90, com o mítico clube Erotikus (ex-Cha-Cha-Cha, no centro de Lisboa, muito perto do ISEG), onde, segundo consta, se realizavam festas de arromba noite fora. Foi inspirado por tendências internacionais. É por essa altura que começam a surgir os primeiros clubes em Lisboa e Porto.

Evolução dos clubes liberais

Os clubes liberais em Portugal mudaram muito. Passaram de locais clandestinos ou não afirmados como estabelecimentos swinger (como era o caso do primeiro Erotikus/Cha-Cha) para estabelecimentos regulamentados. Hoje, existem cerca de 11 clubes de swingers no país. Todos os anos abrem uns e fecham outros. É um mercado vivido.

Estima-se que actualmente cerca de 5.000 a 7.500 casais pratiquem o swing em Portugal. É nestes swinger clubs que se dão a maior parte dos encontros, pois são espaços seguros para estes encontros libertinos e festas de troca de casais.

Perfil dos frequentadores modernos

Os swingers portugueses são principalmente da classe média e média-alta. Eles têm um médio a alto nível de instrução e salarial. A idade média é acima dos 30 anos para mulheres e acima dos 35 para homens².

Muitos casais veem o swing como uma forma de enriquecer a vida social. Segundo os poucos estudos e inquéritos sobre o tema, 35,4% consideram conhecer novos amigos muito importante².

Por exemplo, em workshops sobre actividades swinger no nosso país irmão, o Brasil, há muita diversidade (da que na SaunApolo 56 defendemos). Participam casais heterossexuais e LGBT. Isso mostra a abertura crescente do movimento³. A mesma tendência ocorre em Portugal, onde o swing continua a evoluir e a atrair novos adeptos.

Regras e Etiqueta nos Clubes Swingers

A par do que ocorre em todo o lado no mundo, os clubes swingers em Portugal têm regras claras para a segurança e diversão. Essas regras ajudam a manter um ambiente de respeito. Isso é essencial para as orgias e o intercâmbio de parceiros.

Códigos de conduta essenciais

É crucial seguir a etiqueta nos clubes de lifestyle liberal. O consentimento é a regra número um. Todos os casais precisam concordar antes de participarem em actividades⁴.

É importante ser sempre respeitoso e consentido. Isso vale especialmente para as fantasias⁵.

Protocolos de segurança e discrição

Os clubes oferecem preservativos de graça. Costumam estar disponíveis em todos os lugares⁵ e para onde quer que se olhe. O uso de câmeras com flash é estritamente proibido para proteger a privacidade dos casais⁵.

Porque se trata, afinal, de relações íntimas, manter-se limpo é, portanto, essencial. É importante cuidar da higiene antes de chegar a um qualquer clube⁵.

Consentimento e respeito mútuo

O respeito é fundamental. Cerca de 90% dos participantes não insistem se forem recusados⁴. É vital falar claramente e com sensibilidade para uma boa experiência, como ocorre, por exemplo, no Cuckolding⁵, em que os casais apreciam tacto na abordagem.

Manter-se anónimo e não se tornar muito íntimo depois do acto é importante⁵. Afinal de contas, os casais e solteiros frequentam os clubes maioritariamente para sexo e não para churrascos (embora haja todo o tipo de negócios que se tratem por lá, sabemos).

São todas estas regras, etiqueta e protocolos que acabam por criar um ambiente seguro e propício à fantasia. Assim, os participantes podem explorar o seu comportamento sexual de forma segura e consensual.

Áreas Comuns vs Zonas Privadas

Os clubes para swing oferecem uma experiência única. Na sua larga maioria eles têm espaços pensados para diferentes interacções. As áreas comuns e zonas privadas têm funções únicas.

Os bares e lounges são locais para socializar. Aqui, os casais se conhecem e conversam. Muitos clubes realizam eventos temáticos, criando oportunidades para novas experiências.

As zonas privadas são para encontros íntimos. Incluem quartos privados e as áreas de jogos sexuais (quartos escuros, quartos temáticos,etc). Aqui, a privacidade permite explorar a sexualidade sem medos.

Um estudo mostra que muitas mulheres veem os clubes como perfeitos para explorar a sexualidade e as suas fantasias. Isso reflete-se nos espaços pensados para conforto e segurança.

Os clubes liberais em Portugal estão a crescer. Desde o inicio do swing em Portugal com o Erotikus em 1999, até ao XClube que apareceu em Lisboa em 2006, a comunidade swinger aumentou muito. Hoje, muitos clubes acomodam mais de 100 casais por fim-de-semana.

Uma nota curiosa. Sabiam que a distinção entre áreas comuns e privadas vem já de muito longe? Na Lei Seca nos EUA, surgiram mais de 100 mil speakeasies. Costumavam ser espaços que misturavam socialização com intimidade. Essa tradição e fluidez dos diferentes espaços continuou nos clubes swingers de hoje.

Experiências e Actividades nos Clubes Liberais

Os clubes swingers têm muitas experiências e actividades para os visitantes. São lugares para pessoas adultas que pretendem explorar novas coisas.

Aqui, encontram-se bares, pistas de dança, lounges, quartos escuros, cruzes de Santo André para BDSM, quartos privados com temas especiais, salas de cinema XXX e alguns até possuem piscinas, jacuzzis e espaços ainda mais criativos⁶.

Diferentes tipos de encontros

Os encontros variam muito. Pode ser troca de casais ou mega orgias colectivas. Existem três tipos de swing: No Swing, Soft Swing e Hard Swing⁷.

• No Swing: onde os casais apenas socializam e flertam, sem haver contato físico íntimo
• Soft Swing: envolve carícias e intimidade leve, mas sem penetração
• Hard Swing: inclui relação sexual completa com troca de parceiros

Todas estas modalidades podem incluir diferentes variantes como intercâmbio sexual, exibicionismo e voyeurismo, dependendo dos acordos e limites estabelecidos entre os participantes.⁸.

Festas temáticas e eventos especiais

Os clubes costumam ter festas temáticas e eventos especiais. Por exemplo, o “Heaven Can Wait – Private Parties” tem dias alusivos a temas específicos. O mesmo já teve, e ainda vai tendo de vez em quando, as “Naughty Wednesdays”, “Erotique Fridays” e “Sensual Saturdays”⁶.

O dress code é sempre elegante e sexy. Mas, em eventos temáticos, as regras podem mudar⁶.

Dinâmicas de grupo e interacção social

Já vimos acima que os clubes costumam estar divididos em dois espaços principais: a zona da boate/bar e um “espaço íntimo”. A boate é como uma boate normal, mas com striptease e brincadeiras eróticas⁷.

Já o espaço íntimo dispõe de elementos como gloryholes, darkrooms e baloiços específicos para bondage ou a famosa cruz de Santo André, cada um oferecendo experiências únicas⁷.

A interacção social é essencial. Cerca de 90% das pessoas que fazem perguntas ficam para experimentar. Isso mostra a importância da comunicação e da curiosidade⁸.

As comunidades de swingers ajudam a encontrar novos amigos. Elas são físicas e virtuais, através de websites específicos para esse nicho em particular, facilitando a troca de experiências. Isso ajuda a manter os casais felizes, com uma taxa de divórcio baixa⁷.

Segurança e Saúde nos Clubes Liberais

Os clubes liberais em Portugal adoptam medidas rigorosas para a segurança e saúde dos seus visitantes. O estilo de vida liberal exige responsabilidade no comportamento sexual, especialmente em encontros libertinos e com desconhecidos.

Medidas preventivas e cuidados médicos

A prevenção de doenças sexualmente transmissíveis é crucial em ambientes como nos clubes swinger. Nestes locais, embora o uso de preservativos seja fortemente recomendado e o mais comum, observa-se uma tendência de declínio na sua utilização entre os mais jovens.

Lamentavelmente, existem casos em que alguns casais, movidos por fantasias específicas, promovem inclusivé a prática de relações sexuais sem protecção.

No Brasil, o nosso país irmão, alguns clubes adoptaram medidas rigorosas, exigindo testes de sangue antes de permitir a participação nas actividades de swing, reflectindo uma séria preocupação com a saúde sexual dos envolvidos.⁹.

Políticas de protecção pessoal

A segurança é a prioridade absoluta para todos os praticantes de swing¹⁰. Os clubes têm políticas rigorosas, como proibir a partilha de informações pessoais entre desconhecidos. Essa prática costuma ser seguida por 90% dos participantes¹⁰.

Recomendações para iniciantes

Para quem está a começar nas lides da troca de casais, é importante entender as dinâmicas desses ambientes. Segundo estudos e inquéritos (infelizmente são poucos), a confiança é essencial para 85% dos swingers¹⁰. É ponto assente que a táctica recomendada é confiar na sua intuição ao decidir participar neste tipo de encontros¹⁰.

Segundo a tabela acima, com estatísticas do perfil do público swinger no Brasil, o perfil dos frequentadores de clubes liberais é diversificado, com a maioria entre 25 e 44 anos¹¹. Em 2023, 15,42% dos visitantes eram novatos. Este aumento mostra uma maior aceitação do estilo de vida liberal no Brasil e com tendência a refletir-se também, de forma relativamente similar, em Portugal.

O Impacto Social do Lifestyle Liberal

O movimento swinger em Portugal cresceu muito nas últimas duas décadas. Isso mudou como vemos a sexualidade e os relacionamentos libertinos. Entre os 5.000 e 7.500 casais que se acredita pratiquem swinging no nosso país, cerca de 1.000 deles são verdadeiramente activos, visitando clubes libertinos pelo menos uma vez por mês¹².

As festas de troca de casais estão mais visíveis, especialmente nas grandes cidades. Só em Lisboa, por exemplo, acredita-se que há cerca de 2.500 casais swingers. Destes, segundo um estudo recente, 500 são ativos. Esta evolução é um facto comprovado de que as atitudes sociais em relação à não-monogamia estão a mudar aceleradamente.

O estilo de vida liberal também afecta a sociedade de forma mais ampla. Pesquisas mostram que o swing pode fortalecer os relacionamentos. Em estudos nos EUA, 62,9% dos homens e 62% das mulheres disseram que o casamento ficou substancialmente melhor após aderirem ao swing¹².

Porém, ainda há ainda muito estigma social. O swing é visto como algo fora do comum, o que leva à estigmatização dos envolvidos¹³. Essa visão negativa pode dificultar a aceitação social e profissional dos seus praticantes.

O intercâmbio de parceiros desafia as ideias tradicionais sobre os papéis de gênero. Isso é influenciado por crenças culturais sobre o que se espera das mulheres e dos homens¹³. A prática do swing, incluindo até fantasias que envolvem outros homens (cuckolding, por exemplo), pode ajudar as mulheres a redefinirem seus papéis fora das expectativas tradicionais na sociedade.

Em suma, o estilo de vida liberal e os clubes de swingers em Portugal estão a gerar discussões importantes. Discutem-se a liberdade sexual, os direitos individuais e a natureza dos relacionamentos modernos. Apesar dos desafios, este movimento está a ajudar a tornar a sociedade mais aberta e tolerante em relação à diversidade sexual.

Conclusão

Em jeito de sumário do artigo, vimos que os clubes swingers em Portugal são um fenómeno complexo. Eles oferecem uma plataforma única para explorar a sexualidade e desenvolver relações de socialização libertina.

Por exemplo, e a respeito ainda de factos, um estudo bastante recente, abordado numa reportagem no jornal diário “Público”, mostrou que 70% dos swingers se sentem mais livres e abertos após participarem nos convívios sexuais. Além disso, 60% dos casais melhoraram o seu relacionamento e a intimidade com este estilo de vida¹⁴.

Vimos também que estes clubes são muito diversificados, com 40% dos participantes sendo bissexuais (com a bissexualidade como predominante nas mulheres)¹⁴.

Vimos que estes clubes oferecem desde festas temáticas a espetáculos de pole dance. São todos estes fatores que tornam o ambiente destes espaços mais atraente e estimulam a exploração e criatividade sexual¹⁵. Mas, a segurança e o consentimento continuam condições sine qua non, com 80% dos clubes a terem códigos de conduta rigorosos¹⁴.

Ficou também claro que impacto positivo do swinging vai além dos encontros sexuais. 75% dos participantes dizem que melhorou a comunicação no relacionamento principal. E 65% desenvolveram amizades duradouras¹⁴.

Contudo continua a ser muitíssimo importante que os casais discutam os seus limites e expectativas antes de entrar nesse mundo. Assim, garantem uma experiência prazerosa e satisfatória para todos¹⁵.

Em resumo, os clubes swingers são um espaço único para os casais (e singles femininos e singles masculinos) explorarem a sexualidade e crescerem pessoalmente. Embora possam ser desafiadores, oferecem experiências enriquecedoras para quem aborda o lifestyle liberal com maturidade e respeito.

Links de Fontes

1. INNER CLUB – Casa de Swing / Clube de Swing – https://avaliacoesbrasil.com/casa-noturna/sao-paulo/inner-club-casa-de-swing-clube/
2. Redalyc.Gênero, sexualidade e swing: a ressignificação de valores através da troca de casais – https://www.redalyc.org/pdf/2933/293332699005.pdf
3. Aula de swing: O que aprendi no curso teórico e prático sobre troca de casais – https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/aula-de-swing/
4. Holofote | A etiqueta do swing – https://holofote.pt/lifestyle/2016-03-04-a-etiqueta-do-swing/
5. A boa etiqueta nos Clubes Swinger e Saunas Liberais – https://blog.saunapolo56.pt/boa-etiqueta-nos-clubes-swinger-e-saunas-liberais/
6. O Clube | Heaven Can Wait – Private Parties – https://www.heaven.pt/o-clube/
7. Swing (sexo) – https://pt.wikipedia.org/wiki/Swing_(sexo)
8. Delight U: o spa liberal de Lisboa onde todas as fantasias sexuais se podem tornar reais – https://www.nit.pt/fora-de-casa/delight-u-o-spa-liberal-de-lisboa-onde-todas-as-fantasias-sexuais-se-podem-tornar-reais
9. Swing? Só Com Exame de Sangue – Marina e Marcio – https://marinaemarcio.com.br/swing-so-com-exame-de-sangue/
10. Swing e Segurança Pessoal – Marina e Marcio – https://marinaemarcio.com.br/swing-e-seguranca-pessoal/
11. ‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público – https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2024/06/21/estrategias-casas-de-swing.ghtml
12. Swing em Portugal: uma interpretação antropológica da troca de casais – https://journals.openedition.org/etnografica/3820?lang=pt
13. PDF – https://sigarra.up.pt/fpceup/pt/pub_geral.show_file?pi_doc_id=422750
14. Uma viagem ao interior secreto de um clube de “swing” – https://www.publico.pt/2020/02/04/p3/fotogaleria/uma-viagem-ao-interior-secreto-clube-swing-399932
15. Quer conhecer uma casa de swing? 10 coisas pra saber antes de entrar em uma – https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2024/02/25/casa-de-swing-10-coisas-que-voce-precisa-saber-antes-de-entrar-em-uma.htm