O Egipto é bem conhecido pela sua mentalidade fechada no que diz respeito à homossexualidade. Mas as medidas que tem tomado vão além da discriminação, são um verdadeiro atentado à dignidade humana. No passado dia 27, um grupo de homens teve infelizmente de passar por isso.
Ao levar uma bandeira que remonta à comunidade LGBT a um concerto da banda libanesa Mashrou’ Leila, cujo vocalista é gay, despoletaram uma verdadeira caça aos homossexuais.
Os homens foram presos e acusados de promover desvios sexuais. Pior do que isso, os mesmos serão sujeitos a um exame anal antes do julgamento, com o intuito de investigar se os acusados terão tido relações sexuais com pessoas do mesmo sexo.
A triste e revoltante notícia foi avançada pela Amnistia Internacional, que declara que as ações violam as leis que visam evitar a tortura e outros maus tratos a todos os cidadãos.
Najia Bounaim, diretora de Campanhas para o Norte da África na Anistia Internacional acrescenta que “O fato de o Ministério Público do Egito priorizar a caça de pessoas com base em sua aparente orientação sexual é absolutamente deplorável. Esses homens devem ser libertados imediatamente e incondicionalmente – não colocados em julgamento”.
Mas estes homens não foram os únicos. Desde a data do concerto que foram várias as denúncias feitas sobre supostas perseguições a indivíduos que mantêm relações com pessoas do mesmo sexo.
Infelizmente, o Egipto é um dos países que condena a homossexualidade e utiliza formas de tortura nas suas detenções. Mais uma notícia triste na comunidade LGBT que reforça a necessidade de continuar a luta pela igualdade e ainda contra a tortura e maus tratos a todo e qualquer indivíduo, independentemente da sua raça, género, etnia ou preferência sexual.